Pré-Impressão Impressão Acabamento

 

Nova pagina 1

 Captura de imagens

Retículas Fotolitos CtP Chapas Provas Teoria das cores

  Índice
Acima

:::..:.... ..  .  .. . ... ...As famosas Retículas ... . . . ..... . . . .. :::

 

Muitas vezes ao olharmos um impresso nem nos damos conta do que realmente está lá, mais se olharmos atentamente, bem de pertinho ou com o auxílio de uma lente de aumento, as veremos, lindas, redondas, quadradas, elípticas ou de outro formato qualquer. E com certeza lá elas estarão, as famosas retículas.

 

 

 
             
 

Quando falamos em imagens de fotografias, cromos, slides, estamos falando  de imagens em tom-contínuo, que são formadas ou por diferenças de camadas ou densidades (fotos) ou por luzes diretas (monitor/pixels), ou seja, essas imagens não possuem retículas.
Porém, sempre quando falamos em impressos, não tem jeito, teremos que reticular as imagens para que possam ao serem impressas, formar as variações de cores através de ilusões ópticas.

 

    
      Tom-contínuo        |         Reticulado

 
 

 

         
 

A CLASSIFICAÇÃO DOS ORIGINAIS

Quando falamos em originais para artes gráficas, estamos nos referindo aos originais que serão reproduzidos pelas impressoras. Então, temos que verificar como uma determinada peça (arte, imagem etc) será capturada para poder ser gerada uma fôrma de reprodução gráfica. Então dentro das classificações temos basicamente as seguintes classificações:

- Opaca ou transparente
- Reticulada ou tom-contínuo (TC)
- Colorida ou Preto e branco

 

   
  TC, opaco, colorido          Reticulado, cor

   
 Traço, opaco, pb         TC, transp. colorido

 
 

RETÍCULA CONVENCIONAL E RETÍCULA ESTOCÁSTICA

 



Convencional (AM)
(amplitude modular)

A chamada retícula convencional são os pequenos pontos que formam as ima-gens impressas, porém pelo fato desses pequenos pontos terem características próprias de formação e de utilização são chamados de conven-cionais, ou retículas convencionais. Apesar do crescimento do uso das retí-culas estocásticas, as convencionais ainda são as mais utilizadas, não pelo fato de serem melhores ou piores, mais sim pelo fato de atenderem as exigên-cias de reproduções atuais, tanto nos quesitos custo, e qualidade de reprod-ução de cores (quando bem utilizadas).

Com a introdução do uso dos computa-dores nas artes gráficas, grande parte dos trabalhos manuais que nas décadas de 70 e 80 eram normais (como separa-ção de cores, utilização de retículas gris ou magenta para a reticulagem dos originais, montagens de preparação, fotografia com grandes máquinas hori-zontais e verticais etc) foram cada vez menos sendo necessárias, pois os re-cursos dos computadores possibilitaram e possibilitam cada vez mais a redução de tarefas e de estágios de produção.

Em dos grandes avanços para as artes gráficas foi a utilização das Imagesetter, que possibilitou a saída direta dos fotolitos, e dependendo do tamanho da saída da imagesetter dispensou até a montagem final de fotolito. Com isso todo o trabalho de montagem de preparação, reticulagem com gris ou magenta, aplicação de benday etc, foi dispensada.

Formação das retículas convencionais (AM)

Quando o programa do computador que vai fazer a reticulagem (RIP - raster imagem process) começa a trabalhar, é selecionado um perfil de formação dos pontos, nesse perfil é definido o tipo de ponto (redondo, quadrado ou elíptico), o ângulo de cada cor que será dada a saída para cada core e a lineatura esco-lhida. Com base nessas informações o RIP formará as células matrizes e inici-ará o processo de rasterização (conver-são da imagem de tom-contínuo para imagem reticulada).


Características das Retículas Convencionais

Como mencionado anteriormente, as retículas convencionais possuem algumas características próprias, e a seguir estaremos conhecendo algumas dessas características que as diferem das retículas estocásticas.
É importante o conhecimento dessas características para melhor adequar ao tipo de substrato  e o sistema de impressão que serão usados.

As Principais características são:


- Ângulo das retículas
- Lineatura / porcentagem
- Formato dos pontos



Estocástica (FM)
(freqüência modular)

A retícula estocástica nada mais é do que o uso de retículas bem pequenas (isso pode ser definido pela resolução em mícrons), que favorece uma melhor resolução de imagem. Porém as retícu-las estocásticas possuem algumas características muito importante que as diferem das retículas convencionais.

Antes de analisarmos suas caracteristi-cas vamos entender primeiro que as retículas estocásticas não são tão novas quanto parecem, pois antes de 1990 já existiam grandes estudos para a utilização das mesmas, porém sua criação nas formas era bastante complicada, pois devido aos pontos serem bastante pequenos ocorriam grandes perdas na transferência para as chapas (tinha que usar fotolito, o CtP veio após a década de 90), com isso era extremamente raro encontrar algum impresso com tal tecnologia. Após o surgimento da tecnologia direta à chapa (CtP - computer to plate) foram investidos grandes esforços nessa tecnologia, sendo que hoje em dia já está sendo bastante utilizada, e propicia a utilização de outras técnicas como a HI-fi Color e a Hexacromia.

Tipos de Retícula  Estocástica

Estocástica de Primeira Geração
As retículas estocásticas se diferem principalmente das convencionais pelo fato de não terem que ficar numa grade de distribuição como ocorre com as convencionais, além disse a primeira geração das estocásticas também possuí os pontos todos com o mesmo tamanho, e o que muda é a distância dos mesmos (como podemos ver na barra de divisão central), ou seja, quanto escura ou mais imagens tiver maior será a quantidade dos pontos (mais próxi-mos) e quanto menos imagens tiver menos pontos e mais distantes.


Estocástica de 1ª geração

Estocástica de Segunda Geração
Já as retículas estocásticas de segunda geração vieram com aprimoramentos, tanto na estrutura de distribuição e for-matos quanto nos RIP´s de geração e distribuição dos pontos.
Nessa nova geração foi corrigido um problema que aparecia na primeira, onde ocorriam problemas de formação nas imagens na transição entre as áreas de mínima, as áreas médias e as áreas de máxima, isso quando a imagem apre-sentava degrade. Para minimizar o problema os softwares podiam trabalhar com tamanhos diferentes em áreas específicas ou intermediárias. Porém o conceito dos pontos serem distribuídos de forma aleatória (sem grade) ainda continua.


Estocástica de 2ª geração

Estocástica de Terceira Geração
Nessa geração com a evolução do RIP, conseguiu-se unir os benefícios das retí-culas  convencionais  com  os da retícula
estocástica,  e  nesse  caso  também va-

- Ângulo das Retículas

Quando falamos em ângulo das retícu-las estamos nos referindo ao ângulo formado por uma linha de retículas. Esse ângulo é definido pelo RIP na reticulagem digital, e deve possuir um valor determinado para cada cor. Caso sejam indicados ângulos incorretos para as cores dependendo do número de cores e da imagem em Si, poderemos causar um problema chamado moiré bastante visível (pois quando se fala em retícula convencional esse "problema" sempre existe, menos visível ou mais visível).

Abaixo está o gráfico com os ângulos normalmente utilizados.

Em alguns casos, dependendo das co-res da imagem, o ângulo do cyan e do magenta são invertidos, isso para mini-mizar a possível aparição de moiré.

Quando utilizam-se mais de 4 cores, em alguns casos onde 5 ou 6 cor irá formar sobreposição, muitas vezes colo-cando essas cores com lineaturas dife-rentes também conseguimos minimizar os problemas com moiré.

A utilização correta dos ângulos for-mará o que chamamos de formação dos pontos em roseta, e essa forma-ção dá o aspecto visual agradável. Abaixo podemos ver a formação de roseta, e ao lado podemos ver com moiré.


   Com rosetas           Com moiré   .

Abaixo podemos ver a movimentação dos ângulos formando as rosetas e o moiré (pode demorar pra carregar)


Lineatura

mos encontrar literaturas que chamam essa uniam de retícula híbrida (híbrido é a mistura de dois ou mais processos ou tecnologias). Dessa forma dependendo da programação do RIP determinadas áreas serão com estocástica de deter-minado tamanho, determinadas áreas com convencional, áreas com a mistura das duas e assim conforme programado e da necessidade da imagem.


Estocástica de 3ª geração (Híbrida)
 


  1ª geração     2ª geração     3ª geração


Características das Estocásticas

Como principais características das retículas estocásticas temos:


- Distribuição aleatória (sem grades), o que diretamente faz com que esse tipo de retícula não precise de ângulo diferente para cada cor, ou seja, não possui ângulo para nenhuma cor, o que também favorece a eliminação dos indesejados efeitos moiré (moarê) que surgem quando são utilizados ângulos incorretos nas retículas convencionais ou ainda com imagens como tecidos.

 

- Resolução (tamanho dos pontos) podem (devem) ser alterados de acordo com o sistema de impressão ou o tipo de substrato (plásticos, jornal, cartão etc)

 

- Seu ganho de pontos é maior do que o das retículas convencionais, devendo ser feita a curva de compensação adequada

 

- Economia de tinta nos processos de impressão (em alguns casos até 20%)

 

- Se bem usada propicia impressos com maiores detalhes de imagens, favorecendo também o aumento da gama de cores (gammut)

 

- Sensação de fora de registro menor, percebe-se menos o fora de registro (indicado para impressoras mais antigas que possuem problemas de registro), lembrando que deve-se utilizar a resolução (tamanho em mícrons dos pontos) adequada ao sistema e substrato

 

- Possibilita a impressão de mais cores sobrepostas sem problema com moiré,  como o Hi-fi color (7 cores) ou hexacromia (6 cores).

 

- É extremamente aconselhável o uso de CtP para a obtenção das matrizes de impressão (para não ocorrer perda de pontos na cópia com fotolitos)

 

A lineatura é a forma pela qual é denominada a quantidade de pontos de retícula que o fotolito ou a chapa apresenta em 1 centímetro ou polegada linear, ou seja, lineatura é a quantidade de pontos por cm ou pol linear.
Quanto maior a lineatura menores serão os pontos de retícula (pois tem que caber mais pontos no mesmo espaço, 1 cm linear), e quanto maior a lineatura maior será a resolução da imagem impressa (desde que adequada ao tipo de papel, ao tipo de tinta e ao processo de impressão).

Outra questão muito importante que se deve saber, é que quanto maior for a lineatura maior será o ganho de impressão, então o setor de pré-impressão deve saber que se exagerar na lineatura, o impressor terá muita dificuldade em conseguir reproduzir, principalmente quando o impressor trabalha com papéis ou tintas de qualidade inferior, ou equipamentos mais antigos.

Para o fechamento do arquivo, na hora da escolha da lineatura, deve levar em conta, então, o papel que será usado (mais liso ou mais áspero) para escolher a lineatura mais adequada. Para substratos mais lisos / menos porosos, pode-se utilizar maior lineatura (ex. papel couchê - 60 lpc, 80 lpc ...), para papéis mais ásperos / menos porosos a lineatura deverá ser menor (ex. papel jornal - 45 lpc, 50 lpc ...).

Isso se deve pelo fato de que, quanto maior a lineatura menores serão os pontos de retícula, então se a lineatura for muito alta, os pontos das áreas de mínima (3, 5, 7%) não conseguirão ficar na superfície do papel se ele for muito áspero/poroso, pois os poros serão maior que o tamanho desses pontos de mínima. Nesse caso o impresso ficará com aspecto de lavado, e o impressor tentará compensar aumentando a carga de tinta, o que pode gerar problemas de impressão.

Em alguns casos, quando a pré-impressão tem que trabalhar com mais de 4 cores, sendo que essas cores serão sobrepostas, e tem que utilizar retícula convencional (não estocástica), alguns trabalhos cujas 4 cores principais (CMYK) são feitas com uma lineatura (ex. 60 lpc) e as outras cores especiais com lineatura diferente (ex. 70 lpc) ajudam a evitar o moiré.

Vale lembrar também que quanto maior a lineatura, maior será o tempo de ripagem, o que gera maior custo de processamento (hora máquina/ RIP).

Outro cuidado importante quando se trabalha com maiores lineaturas e se utiliza fotolito, é no controle do vácuo e do tempo de exposição na prensa de cópia, pois como os pontos serão menores a medida que se aumenta a lineatura, mais fácil de ocorrer perda dos pontos de mínima na cópia.

E só para reforçar vale lembrar que, para se utilizar maiores lineaturas, mais liso tem que ser o papel, melhor tem que ser a tinta de impressão e a impressora tem que estar em boas condições / ajustada.

Outro ponto importante que pode ajudar na utilização de maiores lineaturas, é a utilização de UCR (under color removal) ou GCR  (gray component removal) pois reduz o ganho de pontos das tintas coloridas principalmente nas áreas de máxima (pontos mais críticos com maiores lineaturas).

Quando falamos em retícula estocástica, não utilizamos a terminologia lineatura, e sim resolução (tamanho dos pontos em mícrons).

A seguir uma tabela com indicações de retículas:

Retícula (polegadas)
Impressão
Tipos de Suportes
10 lpi / 4 lpc
Outdoor & Offset
Monolúcido 75-82 g/m²
65 lpi / 26 lpc
Tipografia
Jornal, sulfite, bufon com superfície áspera
75 lpi / 30 lpc
Tipografia
Acetinados de 2ª classe e cartolinas
85 lpi / 34 lpc
Tipografia
Acetinados de 1ª classe, ilustração de 2ª classe, jornal e cartolinas
100 lpi / 40 lpc
Tipografia
Ilustração de 1ª classe, couchê de 2ª classem kraft flor-post
125 lpi / 50 lpc
Tipografia
Offset
Couchê, cartolina, duplex e flor-post
Impressão de jornais e papeis muito rugosos
135 lpi / 54 lpc
Offset
Couchê, offset, casca de ovo (Bond e White) e todos suportes de boa qualidade
150 lpi / 60 lpc
Offset
Impressos comerciais com papeis de boa qualidade (offset, couchê, cartões etc)
ACIMA de 150 lpi / 60 lpc
Offset
Papéis de qualidade superior para trabalhos com extrema riqueza de detalhes (80 lpc)

 

 
 

Conheça o mundo das artes, o mundo das ilusões, o qual nos ensina, nos informa, nos diverte, nos comunica e faz com que viajemos sem sair de casa.

Seja através de embalagens, livros, revistas, folhetos, roupas, etc.